Não é segredo para ninguém que o ex-governador Marconi Perillo pode ser o último presidente nacional do PSDB. Isso porque, conforme já informado pela coluna Bastidores, a legenda estuda uma fusão com outro partido como forma de garantir a sobrevida na política. No entanto, o partido que irá “absorver” o tucanato permanece um mistério.

Os tucanos enfrentam um declínio assolador nesta década. O partido perdeu prefeituras, cadeiras no parlamento em nível federal, estadual e regional e apoio da população. A influência de Perillo nas eleições municipais neste ano, por exemplo, foi irrisória.

À coluna, interlocutores tucanos afirma ainda não ter havido nenhum avanço nas tratativas para uma fusão. No entanto, as sondagens e conversas se desenvolvem a pleno vapor. Um dos principais partidos cotados para esta aglutinação seria o Republicanos, liderado por Roberto Naves na esfera estadual e Marcos Pereira na esfera nacional.

Pereira teve uma reunião com Marconi Perillo na última semana. O encontro foi registrado e divulgado nas redes sociais do presidente tucano, que disse que a reunião se resumiu em “uma boa conversa entre líderes partidários sobre a atual conjuntura política e econômica do país”.

No entanto, caso o diálogo evolua, o PSDB corre o risco de debandar, a começar por suas maiores estrelas. Conforme apurado pela coluna Bastidores, a vereadora Aava Santiago, de Goiânia – destaque nacional dos tucanos e dos progressistas – já teria advertido a cúpula nacional do partido que uma possível fusão da legenda com o Republicanos “ficaria muito feio para ela”, já que a parlamentar foi uma das maiores opositoras do atual prefeito de Goiânia ao longo da gestão, prefeito esse que por anos integrou as fileiras do Republicanos (só saindo para concorrer a reeleição pelo Solidariedade).

Errada a vereadora não está. Diz-se que, caso a fusão realmente ocorra, o mais natural é que ela vá para o PSB. A ver. (T.P.)