A delegada Adriana Accorsi, candidata do PT à prefeitura de Goiânia, vai continuar crescendo nas pesquisas, há vários motivos para isso, e vamos elencar alguns.
Marcus Vinícius de Faria Felipe
O principal motivo é que Adriana Accorsi é boa de voto e faz campanha como poucos políticos. Seu estilo carismático e comunicativo lembra muito o seu saudoso pai, Darci Accorsi, um prefeito exitoso que encerrou o mandato com mais de 80% de aprovação. Sua aproximação com as pessoas nas ruas, nas feiras ou em reuniões de campanha mostra que ela é autêntica, sem filtros, ao contrário de alguns candidatos que se “disfarçam” de populares em tempos de eleições.
A interação entre Adriana Accorsi e a população, lembra a mesma que ocorria quando Iris Rezende caminhava junto ao povão. O prefeito que mais governou Goiânia era querido pelos goianienses, e mesmo aqueles que não votavam nele reconheciam o seu carisma. Assim como Iris, Adriana Accorsi é sincera no contato com o povo, sendo bem recebida nas periferias, e nos bairros centrais.
Além de deputada federal bem votada em Goiânia, Adriana Accorsi também é delegada e sabe como poucos candidatos, lidar com a segurança pública, um dos temas de maior interesse do eleitorado.
Adriana tem experiência no combate ao tráfico de drogas, violência contra mulheres e contra crianças e conhece bem a cidade, uma vez que foi criada na Região Leste, no Jardim Novo Mundo.
Adriana Accorsi ainda não atingiu o patamar de votos que as forças progressistas têm na Capital. Nas eleições de 2022 o presidente Lula (PT) recebeu 36% dos votos, Adriana está na faixa dos 22% a 25% dos votos, segundo as últimas pesquisas, portanto, tem muito ainda a avançar.
O leitor pode questionar lembrando que nestas mesmas eleições de 2022 o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu 63,95% dos votos válidos na Capital, e o seu principal representante, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL) patina entre 7% a 9%.
Então, por que cargas d´água Fred não cresce nas pesquisas?
Falta carisma. Faltam propostas. Falta credibilidade. E, além disso tudo, o próprio partido de Fred, o PL, está dividido, uma vez que sua candidatura desagrada quadros importantes da sigla como o deputado mais votado da legenda em Goiânia, o delegado Eduardo do Prado.
Goianiense não vota em prefeito governista
Goiânia tradicionalmente elege políticos da oposição ao Palácio das Esmeraldas. O último prefeito eleito com apoio do Governo do Estado foi Nion Albernaz, em 1988, quando as eleições não tinham dois turnos. Ele obteve cerca de 33% dos votos, o segundo colocado foi Pedro Wilson (PT) com cerca de 30%, a terceira colocada, Maria Bahia Valadão (PDS), com 24% e o quarto colocado, Aldo Arantes (PC do B) que obteve quase 6% dos votos.
Maguito Vilela (MDB) foi eleito em 2020 sofrendo oposição do governador Ronaldo Caiado (UB). Iris Rezende (MDB) venceu em 2004, 2008 e 2016 derrotando candidatos apoiados pelo governador Marconi Perillo (PSDB).
Goianiense não quer ideologia, quer cidade limpa
O goianiense vota no candidato em que deposita a confiança de que a cidade vai ter asfalto sem buraco, ruas limpas, com meio-fio pintado, luz nos postes e lixo recolhido nos bairros.
Os eleitores sabem que o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não vai asfaltar um metro de rua em Goiânia. O goianiense, neste momento, está menos afeito ao debate ideológico e mais interessados em quem vai “desencardir” Goiânia, como gostava de dizer o professor Nion Albernaz.
Bolha bolsonarista está murchando
As eleições em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro mostram que a onda bolsonarista está murchando, embora candidatos com perfil bolsonarista ou protofascista como coach goiano Pablo Marçal (PRTB) estejam fazendo sucesso nas redes sociais.
Em BH, Mauro Tramonte (Republicanos) lidera com 27% dos votos deixando na poeira o bolsonarista Bruno Engler (PL) que é apoiado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL) que teve mais de 1 milhão de votos na capital mineira.
No Rio de Janeiro o prefeito Eduardo Paes (PSD) está dando uma surra de 6×1 no bolsonarista Alexandre Ramagem (PL). Paes lidera com 56% contra 9% do ex-diretor da Abin, que é acusado de espionagem contra políticos e ministros do STF.
Em São Paulo, depois de chamar de idota Carluxo, o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro, o coach goiano Pablo Marçal (PRTB), condenado por roubo a banco pela Justiça de Goiás, mostra que a extrema-direita não tem dono e que o clã Bolsonaro não manda nos votos dos extremistas paulistas.
É por estas e outras que Adriana Accorsi vai para o segundo turno, com grandes possibilidades de vencer as eleições e fazer um governo exitoso em Goiânia, como fez o seu pai, Darci Accorsi, e como foram os governos de Iris Rezende.