O deputado estadual George Morais (PDT) anunciou, na noite de quarta-feira (7), que terá o médico cirurgião-geral, Daniel Cabriny (PDT), como seu vice na disputa pela prefeitura de Trindade. Ele é irmão de Gleysson Cabriny, que já foi duas vezes vice-prefeito do município e abdicou de sua pré-candidatura pelo PL para apoiar o parlamentar.

Apesar do apoio garantido da família Cabriny e de lideranças bolsonaristas proeminentes, o PL decidiu voltar atrás no apoio a George Morais e oficialmente não estará na coligação liderada pelo deputado estadual. A convenção do partido, no último dia 26 de julho, havia definido a aliança, mas uma ata publicada, também na quarta-feira (7), retirou o partido da coligação.

Nos bastidores, fala-se que, quando o PL tomou a decisão, ainda em julho, George Morais não tinha o apoio da Federação Brasil da Esperança, que conta com o PT, PV e PCdoB. Nacionalmente, as legendas protagonizam disputas por espaços com a bancada federal do PL em oposição radical à gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O apoio dos petistas a Morais acabou azedando a relação.

Ao Mais Goiás, Morais minimiza a decisão do PL e diz que respeita a posição partidária. “Se um ou outro está incomodado, ele tem o direito de sair, sem problemas. Grande parte das lideranças do PL já me apoia. Todos estamos juntos. O partido abraçou nossa campanha Na prática, não muda nada”, destacou George ao portal. Ele cita o próprio vice, como exemplo de que tudo está pacificado entre seu partido e a legenda liberal.

“Eu falo que no caos que vivemos hoje na saúde, temos uma chapa 100% focada em saúde. É uma chapa formada por médicos. Ele já fez centenas de cirurgias em Trindade. Faz um trabalho social enorme e é super competente”, cita George ao destacar a formação médica de ambos. “Eu e o Gleysson Cabriny tínhamos um acordo que o que tivesse melhor posicionado nas pesquisas apoiaria um ao outro. Ele entendeu que o momento agora é do Dr. George”, salientou. “Estamos juntos e misturados.”

George vai para a campanha com apoio de nove partidos. Além da legenda que está filiado, o PDT, ele reuniu um arco de sustentação que tem o Republicanos, Mobiliza, Agir, PSD, Avante, Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). Ao sair da coligação, o PL decidiu focar apenas na chapa de vereadores e não lançou nome para disputar a prefeitura de Trindade.