Sete funcionários da ONG World Central Kitchen (WCK) foram mortos na segunda-feira (1/4) em um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza — eles distribuíam alimentos no território palestino, desempenhando um papel fundamental para conter a onda de fome iminente na região.
Israel admitiu nesta terça-feira o ataque "não intencional", afirmando que suas forças atingiram “pessoas inocentes”.
Infelizmente, no entanto, estes não são os primeiros trabalhadores humanitários mortos durante a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, que começou há quase seis meses.
“Em nenhum outro lugar foram mortos tantos trabalhadores humanitários. Precisa haver um cessar-fogo imediato. Agora chega”, escreveu Jan Egeland, chefe do Conselho Norueguês para Refugiados e ex-chefe de assuntos humanitários da ONU, após o ataque aéreo mortal de segunda-feira.
Antes do incidente, pelo menos 196 trabalhadores humanitários tinham sido mortos nos territórios palestinos desde o início da guerra, de acordo com a contagem feita pela Base de Dados de Segurança dos Trabalhadores de Ajuda Humanitária (AWSD, na sigla em inglês), que registra grandes incidentes de violência contra equipes de ajuda humanitária.