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Política

Parlamentares repercutem os áudios vazados de Mauro Cid

O militar foi preso novamente, após a divulgação de uma conversa ocorrida depois do depoimento à Polícia Federal (PF) em que afirma que os agentes buscavam somente a confirmação da "narrativa deles"

Publicada em 22/03/24 às 22:38h - 13 visualizações

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Parlamentares repercutem os áudios vazados de Mauro Cid
 (Foto: Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976)
"Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles (...) Eles são a lei. O Alexandre de Moraes é a lei", acusou o militar em áudio vazado - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
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Ândrea Malcher 
postado em 22/03/2024 21:09

A base aliada do governo Lula e a oposição reagiram aos áudios vazados, na noite de quinta-feira (21/3), de Mauro Cid, o ex- ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Segundo o militar, em uma conversa em algum momento após o depoimento à Polícia Federal (PF), em 11 de março, os agentes “já estavam com a narrativa pronta”. “Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles (...) Eles são a lei. O Alexandre de Moraes é a lei”, acusou o militar em um áudio divulgado pela revista Veja.

Para a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), Cid teria tentado fazer um “jogo duplo, mas só esqueceu que teve celulares, computadores e documentos apreendidos com as provas dos crimes que ele e seu chefe cometeram”.

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“Como ele bem disse nos áudios, enquanto Bolsonaro ficou milionário com pix, Cid foi mais um abandonado pelo inelegível”, escreveu a presidente do PT no X (antigo Twitter).

“Foi-se o tempo dos escrachos de investigados, dos vazamentos seletivos, das operações-espetáculo e dos delegados estrelas. E foi-se o tempo em que Bolsonaro nomeava diretores para encobrir os muitos rolos da família, espionar e perseguir adversários. É por isso que são muito sólidos os inquéritos das vacinas, das joias, do golpe, que o estão levando ao indiciamento e a prestar contas de seus crimes na Justiça. E é por isso que os bolsonaristas atacam a instituição e tentam, de toda forma, desqualificar os depoimentos que expõem suas tramas golpistas”, disse a petista em outra postagem.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) dedicou uma série de publicações para comentar o caso e avaliou que Mauro Cid estaria de “mimimi”. “Mauro Cid está de mimimi pra tentar fugir da pecha de traidor do bolsonarismo. Sua delação foi confirmada por comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Jr, que atestaram reuniões golpistas com a cúpula militar e a existência da minuta de golpe.”

“Não adianta ele querer atacar de forma leviana a PF e Alexandre de Moraes. Não há Estado Policial, espetáculo ou qualquer tipo de ilegalidade como vimos no Brasil com a Lava Jato. Todas a delação e depoimentos estão sendo cuidadosamente comprovados por PROVAS, inquérito e investigação minuciosas. PROVAS ROBUSTAS dos crimes contra a democracia! Isso é desespero de CID pra criar narrativa política pra Bolsonaro e pro Bolsonarismo. Não vão prosperar. Brasil tá sendo referência pro mundo no combate e punição do golpismo! Vamos em frente! Sem anistia!”, escreveu o parlamentar.

Entre os aliados de Bolsonaro, a avaliação é de que o militar teria sido coagido a colaborar com a Justiça. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), foi sucinto: “A colaboração está comprometida, e a narrativa desmoralizada”.

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) declarou que os áudios “destroem completamente todas as alegações feitas por Alexandre de Moraes, PF e imprensa”. “Cid tem sido praticamente torturado psicologicamente para mentir e acusar Bolsonaro de alguma coisa para que possam prendê-lo.”

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso. “A apuração é possível já que todo o depoimento precisa ter sido gravado por força de lei. Não cabe ao próprio STF investigar a si próprio e não haveria a mínima isenção para isso.”

“O Senado não pode se furtar à sua missão institucional no ano do seu bicentenário. É preciso ter a coragem para defender e fazer o que é certo. Essa CPI é necessária para passar a limpo os abusos que o STF é acusado de cometer e que poderia macular também a imagem de uma Instituição bastante acreditada pelos brasileiros como a PF”, opinou o líder.


 




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