Presidente Lula durante entrevista concedido ao Metrópoles/Foto: Reprodução.
Às vésperas de completar um ano do atentado à democracia ocorrido em 8 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista ao Metrópoles, abordando temas como democracia e a responsabilização dos mentores e participantes desses acontecimentos.
Na perspectiva do chefe do Executivo, o ex-presidente e seu adversário direto, Jair Bolsonaro (PL), é o arquiteto principal da ação. Lula afirmou que Bolsonaro planejou a ação e “covardemente se escondeu”, deixando o país antes do término do mandato em 2022, embora tenha evitado mencionar o nome de Bolsonaro diretamente.
“Eu acredito que há um responsável direto que orquestrou todo esse cenário e que, de forma covarde, se escondeu e saiu do Brasil antecipadamente, que foi o ex-presidente da República”, declarou Lula. “É de conhecimento público que ele não aceitou nossa vitória, tentou desmoralizar incessantemente a Justiça Eleitoral e todas as instituições possíveis. Ele planejou isso, covardemente, e não teve a coragem de assumir. Partiu e deixou seus mandatários para executar o que havia planejado”.
Lula também enfatizou a importância da democracia e assegurou que todos os envolvidos nos ataques serão responsabilizados.
“Não estamos com pressa. O que queremos é que a justiça seja feita, de maneira legítima, para que nunca mais alguém ouse subverter o processo democrático”, defendeu o líder petista.
“É pela democracia que pessoas como eu chegam à Presidência da República”, disse o presidente. “Aliás, é por causa da democracia que pessoas como o ex-presidente chegam à Presidência da República. É graças à Justiça Eleitoral, que ele tentou desacreditar, que chegamos à Presidência da República”.
DCM