Em meio a retaliações de Trump, chineses deixam e comprar soja dos Estados Unidos
O agronegócio brasieiro está levando a melhor em relação aos rivais norte-americanos, motivo: os tarifaços do presidente Donald Trump fizeram a China optar ela soja do Brasil.
Nesta semana, as esmagadoras de soja chinesas adquiriram cerca de 2,4 milhões de toneladas do Brasil.
A quantidade representa quase um terço do volume médio que a China normalmente esmaga em um mês. Segundo o site da Bloomberg, os importadores chineses reservaram os suprimentos para tirar proveito de uma recente queda nos preços brasileiros, que haviam subido nos meses anteriores com o agravamento das tensões internacionais.
O Brasil já é o maior fornecedor de soja do país asiático, mas a commodity ainda é o principal produto de exportação agrícola dos EUA para a China. A maior parte do produto americano costuma ser adquirido no segundo semestre, já que o começo de ano é mais favorável para o mercado sul-americano.
As remessas adquiridas do Brasil são, em sua maioria, para entrega em maio, junho e julho. Apesar de consumir mais soja brasileira que americana neste período do ano, a onda de compras desta semana foi excepcionalmente grande e rápida, segundo fontes da Bloomberg.
Os compradores chineses evitaram em grande parte os grãos dos EUA nos últimos meses devido à guerra comercial, mas o armazenador estatal da China ainda fez compras dos americanos para abastecer as reservas e apressou as cargas antes da posse de Donald Trump em janeiro.
A soja brasileira pode ficar mais cara se as tensões entre os EUA e a China continuarem elevadas, com uma possível escassez de suprimentos no final do ano, quando a China normalmente recorre aos suprimentos da nova safra dos EUA.