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Proposta pelo Brasil, Aliança Global contra a Fome já tem adesão de 41 países

Ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, disse ainda esperar que todos os países da América do Sul integrem a iniciativa – único que falta é a Argentina

Publicada em 16/11/24 às 08:01h - 12 visualizações

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Proposta pelo Brasil, Aliança Global contra a Fome já tem adesão de 41 países
 (Foto: Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976)
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza determinou alguns objetivos específicos para alcançar o resultado esperado até 2030 - (crédito: Mayara Souto/CB/D.APRESS)
Enviada especial ao Rio de Janeiro — O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou nesta sexta-feira (15/11) que 41 países já aderiram à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza — iniciativa da presidência brasileira no G20. O tema foi debatido nesta manhã pela sociedade civil no G20 Social, que antecede a Cúpula de Líderes. 
“Estamos otimistas de que teremos a participação integral (na Aliança Global) de todos os países da América do Sul. Tivemos fóruns nesses países, com a participação da área social, internacional, econômica e, nesses fóruns, em relação à meta de combate à fome e a pobreza, também temos tido uma posição unânime dos países da América do Sul e da América Latina e Caribe", disse Dias.

O ministro ainda explicou que essas nações são as que já firmaram compromisso dentro das ações determinadas para alcançar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1, de erradicação da pobreza, e 2, de acabar com a fome. Entre os países já anunciados estão: Chile, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Honduras, Alemanha, França, Finlândia, África do Sul, Quênia e Filipinas. 

Além dos países, também estão na Aliança Global 13 organizações internacionais públicas e instituições financeiras e 19 grandes instituições filantrópicas da sociedade civis, ONGS e outras. Entre os apoiadores também estão o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial — que oferecerão bilhões em financiamento, o BID, por exemplo, já anunciou R$ 25 bilhões para apoiar a implementação de políticas nacionais do tratado internacional. 
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza determinou alguns objetivos específicos para alcançar o resultado esperado até 2030. Entre eles estão: alcançar cerca de 500 milhões de pessoas com transferência de renda em países até a data; chegar a 150 milhões de crianças com acesso à merenda escolar de alta qualidade em países com fome e pobreza infantil; criar iniciativas de saúde materna e primeira infância para abranger 200 milhões de mulheres e crianças de 0 a 6 anos; e incluir 100 milhões de pessoas, com foco nas mulheres, em programas de inclusão socioeconômica. 
Cada país determinará como investirá e quem serão os benefícios por essas políticas públicas, de acordo com suas necessidades. A intenção é que todas as nações que são parte desse compromisso internacional cheguem à meta de zerar a fome e a pobreza.
Dias acredita, ainda, que na próxima segunda-feira (18/11), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará oficialmente a Aliança Global na Cúpula de Líderes do G20, que também ocorre no Rio, mais países se somem ao esforço mundial. 
“São 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Agora, na segunda, que teremos a aprovação dos termos da Aliança, estamos tratando de uma posição de países, de chefes do estado, alguns já se adiantaram, fizeram o anúncio, mas outros estão esperando a segunda”, comentou o ministro do Desenvolvimento Social. 
A Argentina e os Estados Unidos não constam, até o momento, entre os países que aderiram o tratado internacional. O presidente dos EUA, Joe Biden, no entanto, já anunciou que irá aderir à Aliança, durante sua participação no G20. Ele chega ao Rio de Janeiro no próximo domingo (17/11). Já a Argentina, segundo Wellington Dias, participou de todas tratativas, mas ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Sob liderança do presidente Javier Milei, as causas sociais estão mais difíceis de serem aderidas. Há dúvidas também sobre a continuidade da política pública quando o novo presidente norte-americano, Donald Trump, assumir a presidência em 2025.

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