La Niña: fenômeno que baixa temperatura da Terra vai atrasar
Meteorologistas revisaram previsões; fenômeno tem 60% de chances de começar até fevereiro de 2025
Publicada em 14/09/24 às 15:18h - 21 visualizações
Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976
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(Foto: Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976)
(Folhapress) A OMM (Organização Meteorológica Mundial) modificou nesta quarta-feira (11) suas previsões e indicou que o fenômeno meteorológico La Niña, que costuma trazer chuvas e temperaturas mais baixas, poderia atrasar e não chegar no final deste ano, como estava previsto.
Agora, a probabilidade de que as condições neutras atuais (ou seja, sem a ocorrência do El Niño ou La Niña) deem lugar a um episódio de La Niña é de 55% para o período de setembro a novembro e de 60% para outubro a fevereiro.
Em sua previsão anterior, de junho, o órgão meteorológico da ONU (Organização das Nações Unidas) estimava em 60% as possibilidades da chegada de La Niña entre julho e setembro e 70% entre agosto e novembro.
O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental. Esse fenômeno está associado a mudanças na circulação atmosférica tropical, com ventos e precipitações.
No entanto, os efeitos precisos variam de acordo com a intensidade, duração e período do ano em que ocorre o fenômeno, bem como onde ocorre e a interação com outros fenômenos climáticos.
El Niño e La Niña são ocorrências naturais, mas a OMM destaca que ambos agora estão ocorrendo no contexto das mudanças climáticas induzidas pelo homem, que provocam aumento das temperaturas e de condições climáticas extremas.
“Desde junho de 2023, temos observado uma sequência prolongada de temperaturas excepcionais na superfície terrestre e marítima global. Mesmo que ocorra um evento de resfriamento de curto prazo La Niña, isso não mudará a trajetória de longo prazo do aumento das temperaturas globais devido aos gases de efeito estufa na atmosfera”, disse em comunicado a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.
“Nos últimos três meses, as condições neutras prevaleceram —nem El Niño nem La Niña. No entanto, ainda vimos condições climáticas extremas generalizadas, incluindo calor intenso e chuvas devastadoras”, afirmou Saulo, acrescentando que situações como esta evidenciam a importância de sistemas de alertas precoces para proteger as populações de eventos extremos.
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