O Estado Islâmico assumiu responsabilidade pelo atentado que matou ao menos 40 pessoas e deixou mais de 100 feridas em Moscou, na Rússia. Esse é o maior ataque do tipo na capital russa em 11 anos e ocorreu na Crocus City Hall, uma conhecida arena de shows na região.

“Os combatentes do Estado Islâmico atacaram uma grande concentração de cristãos na cidade de Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, Moscou, matando e ferindo centenas e causando grande destruição ao local antes de se retirarem para as suas bases em segurança”, afirmou o Estado Islâmico no aplicativo de mensagens Telegram.

Os membros do grupo usaram armas de fogo e explodiram ao menos duas bombas ao redor da arena de shows, que tem 6,2 mil lugares e estava com todos os ingressos vendidos para um show da banda soviética Picnic. Segundo a imprensa local, ao menos três indivíduos vestidos com roupas camufladas foram responsáveis pelos disparos.

Antes do Estado Islâmico assumir a autoria do atentado, o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak negou envolvimento da Ucrânia no caso e afirmou que a ação tinha sinais do modus operandi de grupos islâmicos que atacaram a capital russa no passado.

A arena de shows foi incendiada e autoridades locais enviaram cerca de 70 ambulâncias para resgatar e atender as vítimas no local do atentado.

O prefeito de Moscou, Serguei Sobyanin, ordenou toda a assistência necessária a todas as vítimas. Ele classificou o incidente como “uma terrível tragédia”.

Serguei também anunciou o cancelamento de todos os eventos esportivos, culturais e outros eventos públicos em Moscou neste fim de semana.

“O Ministério das Relações Exteriores da Rússia está recebendo ligações de todo o mundo, de cidadãos comuns expressando condolências em relação à terrível tragédia no Crocus City Hall e palavras de forte condenação deste sangrento ataque terrorista que ocorre diante dos olhos de toda a humanidade”, escreveu Zakharova em seu canal no Telegram.