Às vésperas de completar seis meses de guerra, Israel anunciou ter bombardeado um depósito de armas do Hamas e também uma área próxima, no sul de Damasco, na Síria. O local, segundo fontes israelenses, também era utilizado pelo grupo terrorista do Hezbollah. O ataque ocorreu no momento em que os mediadores buscavam uma trégua e o Brasil negociava a admissão da Palestina na Organização das Nações Unidas (ONU).
Israel confirmou ainda ter destruído um túnel de 2,5km, que estaria sob comando do Hamas, no norte da Faixa de Gaza. Na ação, foram mortos 18 homens, segundo as forças de segurança israelenses, que pertenciam ao grupo terrorista.
Paralelamente, carregamentos com ajuda humanitária são esperados pelos palestinos, que sofrem com a falta de água, comida e energia. O governo do Chipre informou que um segundo navio está preparado para ser encaminhado à região.
Porém, o alerta segue em torno dos bombardeios. Um soldado sírio ficou ferido em Damasco após o ataque de ontem. O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que "mísseis israelenses" atingiram o sul do país. De acordo com a entidade, houve 16 ataques aéreos e oito operações terrestres israelenses apenas em 2024.
Ontem, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que lançará ofensiva terrestre em Rafah sem evacuar a cidade onde vive 1,5 milhão de palestinos — o local é a último território palestino não invadido por israelenses.