Morreu na noite deste domingo (18/2), aos 87 anos, o empresário Abilio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar. Abilio estava internado no Hospital Albert Einstein com pneumonia. De acordo com fontes próximas, Diniz estava internado há três semanas e o quadro era considerado "difícil".
“É com extremo pesar que a família Diniz informa o falecimento de Abilio Diniz aos 87 anos neste domingo, 18 de fevereiro de 2024, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. O empresário deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos, e irá ao encontro do seu filho João Paulo, falecido em 2022. Desde já, a família agradece a todas as mensagens de apoio e carinho”, diz a família em nota divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Nas redes sociais, a irmã mais nova, Lucilia Diniz, prestou homenagens ao empresário. "Perco meu irmão mais velho, meu primeiro mentor, meu ex-sócio aguerrido e, sobretudo, um dos meus amigos mais queridos", diz a postagem.
Aos quase 90 anos, o empresário era conhecido pelo estilo de vida saudável, que compartilhava com os seguidores nas redes. Na última publicação, feita em 17 de janeiro, Abilio falou sobre o amor pelos esportes de neve. Em viagem com a família pelos Estados Unidos, ele relatou estar impossibilitado de esquiar nas montanhas pois se recuperava de duas cirurgias no joelho.
Além da paixão pelos esportes, em especial, pelo atletismo, Diniz é conhecido por sua trajetória de grande sucesso no varejo, ao transformar o Grupo Pão de Açúcar, fundado por seu pai, Valentim Diniz, numa das maiores empresas do setor no país.
Abilio se iniciou no mundo dos negócios em 1958, a convite do pai, quando fundou o primeiro supermercado Pão de Açúcar. A rede se tornou um sucesso e 10 anos depois, em 1968, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) já contava com 40 franquias.
Após 54 anos no GPA, o empresário saiu do grupo em 2013 para assumir a presidência do Conselho de Administração da companhia do ramo alimentício BRF.
Chegou a ser sequestrado, enfrentou uma dura sucessão familiar na empresa e precisou se afastar depois de ter vendido participação da varejista para o grupo francês Casino.
O magnata fazia parte dos Conselhos de Administração do Carrefour Global e do Carrefour Brasil.