Mesmo assim, o contexto parece se agravar. Também nesta segunda, o Ministério da Defesa da Rússia disse que detectou e enviou um caça Su-27 para impedir que aeronaves de patrulha francesas e alemãs entrassem em seu espaço aéreo sobre o mar Báltico.
Moscou disse que um avião de patrulha alemão P-3C e um jato de patrulha marítima francês Atlantic-2 deram a volta após avistar o Su-27 russo. No mês passado, foram caças da Otan que interceptaram aeronaves russa sob o mesmo mar.
E, mais recentemente, no sábado, um caça Su-34, um Su-35 e dois helicópteros Mi-8, todos da Rússia, caíram na região russa de Briansk, a 40 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Vídeos publicados nas redes sociais sugerem que as aeronaves foram abatidas mas, ao menos oficialmente, a origem dos supostos disparos é incerta.
As quedas também aconteceram próximas à fronteira de Belarus . O presidente, Alexander Lukashenko, respondeu ao episódio dizendo que estava colocando suas Forças Armadas em alerta máximo.
No domingo, quando esteve na Alemanha, Zelenski se apressou em dizer que a Ucrânia não está preparando ataques contra territórios da Rússia. Segundo ele, a contraofensiva planejada pelas forças ucranianas engloba apenas a tentativa de expulsar os russos das áreas anexadas pelo Kremlin.
“Não temos tempo nem força [para atacar a Rússia]”, disse Zelenski, em Berlim. “E também não temos armas de sobra com as quais poderíamos fazer isso.” O encontro do ucraniano com o premiê Olaf Scholz veio logo após a Alemanha anunciar seu maior pacote de ajuda militar até agora para a Ucrânia.”
Na noite de domingo, Zelenski já estava em Paris para uma reunião de três horas com o presidente da França, Emmanuel Macron. “Nas próximas semanas, a França treinará e equipará vários batalhões com dezenas de veículos blindados e tanques leves”, disse o comunicado em conjunto assinado pelos dois líderes.
A primeira parte da turnê de Zelenski aconteceu, porém, na Itália, onde, em conversa com o presidente, Sergio Mattarella, o ucraniano disse que a paz deve ser verdadeira, “e não uma rendição”. Em Roma, o líder ainda se reuniu com a primeira-ministra Giorgia Meloni e com o papa Francisco — a quem, de forma extremamente midiática, presenteou com um colete à prova de balas.