São Paulo – O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajou de sua residência, na Flórida, para Nova York, onde nesta terça-feira (4) será o primeiro ex-chefe de governo do país a depor em um tribunal na condição de réu. Na semana passada, um grande júri indiciou o empresário e político republicano por crime por ter supostamente comprado o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels.
Segundo a denúncia, Trump teria tido um relacionamento extraconjugal com Stormy, às vésperas das eleições de 2016. Depois, pagou para ela não tornar o caso público. “Trump não é mais intocável. Uma pessoa no poder não está livre da lei”, disse a atriz. “Não importa qual o seu trabalho ou o que sua conta bancária diz, você é responsável pelas coisas que disse e fez”, acrescentou.
Segundo a modelo, a situação “é agridoce”. ”Ele já fez tanta coisa pior que deveria ter feito ele ser ‘derrubado’ antes. Tenho total consciência de como é insano eu ser uma atriz pornô, mas, ao mesmo tempo acho poético”, de acordo com o tabloide The Sunday Times.
Já Trump afirma que é vítima de uma perseguição política. Ele passará pelo procedimento de praxe: captação de impressões digitais e fotografia como réu. Assim, a foto entrará para a história.
Segundo a imprensa dos Estados Unidos, parte do eleitorado acredita que Trump pode não se entregar. Assim como o brasileiro Jair Bolsonaro, o ex-presidente dos EUA se recusou a reconhecer a derrota para Joe Biden em 2020 e, em 2021, tentou um golpe de Estado ao incentivar seus seguidores a resistir. O Capitólio (Congresso) sofreu invasão, mas o golpe fracassou, como no Brasil.
Trump é pré-candidato a presidente pelo Partido Republicano. Ele vai interpretar o papel de vítima perseguida para conquistar votos ou manter os que já tem. Dentro do Partido Republicano, no qual o ex-presidente se mantém forte, ele disputa a vaga com o governador da Flórida, Ron DeSantis.