O Vila não tomou conhecimento do mando de campo do Atlético e venceu sem dificuldades pelo placar de 3 x 1. A vantagem foi construída em menos de 30 minutos do primeiro tempo, quando o colorado já tinha feito três gols deixando desnorteado o time, a torcida e a diretoria do rubro-negro de Campinas. O Atlético fez seu gol de honra já nos acréscimos da primeira etapa e o placar ficou assim porque no segundo tempo o Vila só administrou o resultado, não quis manter o ritmo do primeiro tempo por isso o placar não foi maior. O Atlético foi uma caricatura de time de futebol. Apático, viu o Vila passear em campo. Em sua costumeira entrevista depois dos jogos, Adson Batista reconheceu a superioridade do adversário, prometeu reforços, mas não quis garantir seu time na final do campeonato, como já fez em outras oportunidades.
O Vila fez um primeiro tempo impecável. Não tomou conhecimento do Atlético, nem de sua torcida que ocupou sozinha as arquibancadas do Antônio Accioly, já que o jogo era de torcida única. Além de passear sem ser incomodado em campo, o Vila ainda fez um belíssimo gol com Emerson Urso, que viu o goleiro rubro-negro adiantado e chutou da intermediária para ampliar a vantagem do Vila. O técnico atleticano, Rafael Guanaes foi cobrado pelo presidente Adson Batista. Mesmo afirmando que o treinador faz um bom trabalho, Adson disse que os resultados precisam aparecer, ou seja, para quem conhece Adson Batista, o recado foi claro.
Pênalti duvidoso – O Goiás foi ao Jonas Duarte no sábado e venceu o Anápolis por um a zero. Resultado justo? Poderia ser, se tivesse acontecido em condições normais. Ocorre que o Goiás venceu com um gol de pênalti muito bem cobrado por Tadeu, mas a penalidade foi muito contestada pela torcida, jogadores e imprensa. Foi um lance duvidoso, o árbitro foi ao VAR e decidiu marcar a penalidade. Além desse lance muito contestado, vale ressaltar que o Goiás não jogou bem. Não houve avanço em relação ao jogo contra o Goiânia, pelo contrário, contra o alvi-negro da capital o esmeraldino fez uma partida muito melhor.
Essa atuação ruim do Goiás coloca em cheque o trabalho do técnico Jair Ventura, que tem sido criticado pela torcida e parte da imprensa. Na terça-feira, o Goiás recebe a Jataiense na Serrinha. Jair Ventura não pretende poupar jogadores, precisa pontuar no campeonato.
No próximo domingo, acontece o maior clássico do centro-oeste entre Vila Nova e Goiás no estádio Serra Dourada. Esse será o grande teste para as duas equipes, principalmente para o Goiás, que tem perdido os últimos confrontos para seu principal adversário. A torcida esmeraldina não admite perder essa partida e até o momento, o clássico terá apenas a torcida do Vila Nova, mandante do jogo. Pode ser que durante a semana aconteça um acordo entre as partes e a partida seja realizada com as duas torcidas.
Não há porque insistir com torcida única nos clássicos. O Governo de Goiás não cansa de dizer que o Estado tem a melhor segurança pública do Brasil, então qual o problema? No último sábado em Florianópolis aconteceu o maior clássico de Santa Catarina entre Avaí x Figueirense no estádio da Ressacada, jogo com as duas torcidas presentes, um belíssimo espetáculo sem problemas dignos de nota. E olha que o Figueirense, visitante, venceu o jogo. Porque aqui não permitem a presença das duas torcidas nos clássicos? Voltar a jogar no estádio Serra Dourada já foi uma grande conquista para o futebol goiano. Méritos do presidente Hugo Bravo, do Vila Nova. Nosso futebol fica pequeno quando disputado apenas nos estádios dos clubes.
