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Esporte

Censo do Candangão: edição de 2025 tem jogadores de 24 estados do Brasil

Levantamento do Correio mostra de onde vêm os 287 jogadores empregados nos 10 clubes da elite do futebol do Distrito Federal. Regiões administrativas do quadradinho ainda são as maiores fontes de talentos na 50ª edição profissional

Publicada em 26/01/25 às 09:53h - 29 visualizações

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Censo do Candangão: edição de 2025 tem jogadores de 24 estados do Brasil
 (Foto: Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976)

Desde o projeto de concepção elaborado a partir do brilhantismo do então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília se moldou como a capital de todos os brasileiros. O modelo de evolução do Brasil, ressaltado pelo slogan "50 anos em cinco", foi reafirmado com o crescimento do Distrito Federal. A partir de 21 de abril de 1960, a cidade, de fato, tornou-se um eldorado para cidadãos de qualquer parte do país. No futebol, isso não é diferente e, no ano de comemoração da 50ª edição profissional, o Campeonato Candango se consolida como um destino certo de jogadores das mais diversas regiões do território nacional. O fato é comprovado pelo censo produzido pelo Correio para revelar de onde cada pé de obra da competição local vem.

A reportagem levantou a naturalidade de 287 jogadores inscritos por Brasiliense, Capital, Ceilandense, Ceilândia, Gama, Legião, Paranoá, Real Brasília, Samambaia e Sobradinho, e aptos a entrar nos gramados locais na luta pelo título da elite do futebol do Distrito Federal. O resultado é prova incontestável da pluralidade símbolo da capital. Na edição de 2025 do Candangão, 24 estados do Brasil convivem com a possibilidade de soltar o grito de gol e vibrar por cada lance icônico protagonizado pelos coestaduanos no torneio regional. No total, são 137 cidades envolvidas. Apenas Acre, Rondônia e Roraima não têm representantes matriculados na disputa.

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Desde os primórdios da profissionalização, o Distrito Federal se destaca como o principal produtor de talentos envolvidos nas edições do Candangão. Embora os demais estados do país tenham evoluído no quesito importação de jogadores, as regiões administrativas do quadradinho continuam soberanas. Dos 287 atletas levantados pelo Correio com os clubes locais, 115 têm alguma cidade do quadradinho preenchendo o campo "naturalidade" nos RGs. Plano Piloto (67), Gama (12), Taguatinga (9), Ceilândia (7), Sobradinho (7), Samambaia (5), Planaltina (3), Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Guará e Paranoá aparecem na listagem.

mapa jogadores candangao
mapa jogadores candangao(foto: Pacífico)

Estado no qual o futebol tem maior poder financeiro, São Paulo vem em segundo, com 33 profissionais nascidos na capital e em outros 23 municípios paulistas. Minas Gerais aparece em seguida. Marcada na história do Candangão pela participação de clubes como Paracatu e Unaí na primeira divisão, a UF tem 21 atletas inscritos. Quarto colocado na lista, com 19 jogadores, Goiás viveu a mesma experiência ao ter Luziânia, Formosa e Planaltina-GO na elite em temporadas recentes da competição. Rio de Janeiro fecha o top 5 do levantamento, com 18 pés de obra atuando por equipes locais.

Raízes no nome

Entre os 287 jogadores inclusos no Censo do Candangão do Correio, existem 10 casos nos quais a naturalidade é coisa séria e são carregadas nos nomes como motivos de orgulho. Luiz Diallisson de Souza Alves, por exemplo, é a principal contratação do Brasiliense para a temporada 2025, mas ninguém do meio futebolístico o reconheceria pela identidade de batismo. Experimente chamá-lo de Apodi, assinatura homônima ao município potiguar onde nasceu. Juninho Carpina, do Capital, é outro a seguir o estilo e prestar uma homenagem à cidade pernambucana da qual é natural.

Os demais usam estados como apelidos, casos de Wallace Pernambucano (Escada-PE), do Capital; Gleidson Baianinho (Salvador-BA) e Carlinhos Paraíba (Campina Grande-PB), do Ceilandense; Diogo Tocantins (Augustinópolis-TO), do Ceilândia; Toninho Paraíba (Juripiranga-PB) e Lucas Piauí (Nazaré-PI), do Gama; Anderson Bahia (Luís Eduardo-BA), do Real Brasília; e Reinaldo Bahia (Lauro de Freitas-BA) se encaixam na homenagem. Também opção no elenco do Cachorro Salsicha, Matheus Falero carregou Guarujá (município paulista) na assinatura durante algum tempo da carreira profissional.

O mais brasiliense

Em um futebol no qual há poucas fronteiras, é natural os clubes serem um ponto de encontro de cidadãos nascidos nas mais diversas regiões do país. No entanto, existe quem ainda resista a ponto de ter um elenco formado quase na íntegra por atletas caseiros. Esse é o caso do Legião. O Leão do Rock é a equipe mais brasiliense entre todos os times da elite do Candangão: 27 dos 32 atletas disponíveis (84,3%) nasceram no Distrito Federal. Os demais representam quatro estados. O Gama vai na direção contrária. Apenas quatro (16,6%) são locais e os demais vieram de 12 unidades da Federação.

Mesmo assim, o alviverde não é quem tem a base de contratação mais ampla ao redor do país. Atual vice-campeão candango, o Capital emprega jogadores de 14 estados diferentes, contando os cinco nascidos no Distrito Federal (18,5%). Ceilandense (54%), Paranoá (44,4%), Sobradinho (41,3%), Real Brasília (36,1%), Ceilândia (28,5%), Samambaia (27,2%) e Brasiliense (26,6%) completam a lista dos times com mais apostas em jogadores oriundos das regiões administrativas do quadradinho.




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