A maré de azar da Seleção Brasileira na Copa América passou. Na noite desta sexta-feira (28/6), em Las Vegas, nos Estados Unidos, o time tupiniquim fez as pazes com a rede e contou com atuação inspirada de Vinicius Junior para ganhar a primeira partida na competição continental. A vitória por 4 x 1 contra o Paraguai, no Allegiant Stadium, elevou a moral verde e amarela e dobrou a aposta do Brasil. Agora, o time depende de si para se classificar ao mata-mata e terminar como líder do Grupo D.
O frustrante empate por 0 x 0 com a Costa Rica na estreia refletiu nos primeiros 29 minutos do jogo com o Paraguai. Morosa, a Seleção era ineficiente. O cenário mudou quando a bola pegou na mão de Cubas e a arbitragem marcou pênalti. Paquetá perdeu, mas o Brasil acordou com o lance. Pouco depois, Vini Jr. tomou o jogo para si e fez o primeiro. Savinho ampliou e o camisa sete anotou o terceiro. Ambos em bobeadas da zaga adversária.
Desligado, o Brasil sofreu um baque no golaço de Alderete de fora da área. Alisson ainda foi exigido pouco depois. Quando retomou o controle do jogo, a Seleção teve um novo pênalti. Com personalidade, Paquetá se redimiu do primeiro erro. Nos minutos finais, a equipe do técnico Dorival Júnior diminuiu o ritmo. A confusão na expulsão de Cubas contribuiu para o jogo esfriar. Mas, de momento, não precisava mais. O Paraguai ainda teve um gol anulado de Velázquez por impedimento.
A Seleção Brasileira terá, agora, um tudo ou nada em busca dos objetivos da fase de grupos da Copa América. Na terça-feira (2/7), o time tupiniquim viaja até Santa Clara para encarar a Colômbia, às 22h. Se vencer, o Brasil avança como líder e encara o segundo colocado da Chave C — no momento, os Estados Unidos. Qualquer outro resultado deixa os colombianos como líderes e coloca o Uruguai na rota verde e amarela do mata-mata.
Embora irrisória, a chance de eliminação precoce ainda existe. Com um ponto, a Costa Rica precisaria vencer o Paraguai e torcer por uma derrota do Brasil contra a Colômbia. No entanto, os placares precisariam ser bastante elásticos para reverter o saldo de gols. Após dois jogos, os brasileiros têm três positivos. Na direção contrária, os costarriquenhos somam três negativos. Ou seja, a diferença está em seis.
Na capital mundial do jogo de azar, o Brasil virou a sorte e saiu em condições melhores na Copa América. Mas o que aconteceu em Vegas não pode ficar em Vegas e a Seleção precisa levar consigo na mala os momentos positivos em campo. Os negativos, como os momentos de nervosismo e atenção, também não devem ser esquecidos. Mas a sobrevida conquistada tem potencial para transformar o jogo tupiniquim em busca de apresentações mais consistentes.
Paraguai: Morínigo; Espinoza (Giménez), Alderete, Balbuena e Velázquez; Bobadilla (Caballero), Cubas, Villasanti, Enciso (Romero) e Almirón (Ramon Sosa); Arce (Bareiro). Técnico: Daniel Garnero
Brasil: Alisson; Danilo, Militão (Gabriel Magalhães), Marquinhos e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães (Douglas Luiz) e Lucas Paquetá (Andreas Pereira); Savinho (Raphinha), Rodrygo (Endrick) e Vinicius Junior. Técnico: Dorival Júnior