O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), se reuniu com com os vereadores da base aliada para apresentar o plano de reformulação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Mabel defendeu uma empresa independente e com capacidade de operar com superávit. 

Para isso a Prefeitura vai fazer um aporte financeiro de R$ 190 milhões na companhia. Desde o início, alguns vereadores sustentam que é necessário que o aporte seja submetido à Câmara, mas o Paço, com base em uma instrução do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), entendeu que a Comurg é uma empresa dependente da gestão municipal e a Prefeitura teria condições de garantir o orçamento necessário, desta forma não haveria nenhum impedimento para a transferência desses valores. 

“A Prefeitura não pega dinheiro aqui para colocar na Comurg a economia que a Comurg fez nesses quase três meses do ano é o valor do aporte, a própria Comurg gerou o fluxo dela. Se não houvesse ajuste não teríamos essa economia. Então nós utilizamos esses R$ 30 milhões, fazemos o aporte para que possamos economizar mais ainda e a partir do ano que vem ela tem R$ 30 milhões a menos de custo”, afirmou Mabel.

A proposta é que a empresa pública retroalimente o seu caixa com a economia que já está sendo feita e volte a ser independente da administração municipal. Mabel afirmou que um plano comercial para a companhia capitar outros servições fora de Goiânia já está pronto.

A reunião foi fechada para a imprensa e contou com a presença de 29 vereadores. Somente os integrantes da base aliada foram convidados, além dos quatro vereadores do PL, que tem posição independente. Os três vereadores do PT além da vereadora Aava Santiago (PSDB) ficaram de fora.

O presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (PRD), afirmou que hoje existe um entendimento de que não é necessário um projeto e que após a apresentação do prefeito “as coisas ficaram mais claras”, mas que não há consenso na base sobre o assunto.

“É complicado você falar do ponto de vista da Câmara, porque são 37 vereadores e cada um tem um entendimento, mas o que há nesse momento é que de fato não precisa de um projeto na Câmara, obviamente isso acarreta em outras considerações que a Câmara também passa a fazer para à Comurg  e sendo dependente da Prefeitura a fiscalização passa a ser ainda mais incisiva sobre a a gestão municipal e sobre a companhia, porque agora contratos e demissões que são feitas pela Comurg passam a fazerem parte do Diário Oficial”, afirmou Policarpo.