A primeira semana de trabalhos da Comissão Especial de Inquérito da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (CEI da Comurg) confirmou as previsões da gravidade dos temas a serem apurados e de que os vereadores que conduzem os trabalhos terão material farto para o relatório final, a ser entregue, a princípio, ao final de 120 dias (a investigação pode ser prorrogada por igual período). Os primeiros resultados ampliaram as preocupações entre aliados do Paço Municipal na Câmara de Goiânia.
Na quinta-feira, um dia após o comparecimento do presidente da Comurg, Alisson Borges, à CEI, os relatos eram de incredulidade sobre o teor das declarações. “O presidente da empresa não se constrangeu em afirmar que não sabe o tamanho da dívida e da própria folha de pagamento”, disse um vereador da base da Prefeitura na Casa. Na avaliação desse e de outros aliados do bloco de apoio do Paço, as declarações de Alisson “abrem a porteira” para que outros integrantes da companhia “revelem mais” do que se esperava até então.
O bloco que defende a Prefeitura no Legislativo avalia que Alisson chegou “despreparado” à CEI da Comurg. “Tivemos a impressão de que ele não reuniu documentos, não esteve com a equipe previamente para se municiar de informações que pudessem rebater ou se contrapor os questionamentos feitos pela comissão”, afirma outro aliado.
Outro aliado afirma que a ida do presidente da Comurg à CEI “foi um desastre”, mas que como os trabalhos estão apenas no início é possível “reverter o quadro de UTI”. A proposta desses integrantes da base é “realizar um levantamento de informações capazes de mostrar a importância do trabalho feito pela empresa na administração da capital”.