A quantidade de produtos contrabandeados que foram apreendidos aumentaram quase 400% em um ano, em Goiás, segundo a Receita Federal. Segundo o órgão, a alta se refere ao período entre janeiro de 2022 e 2023. Fruto do contrabando, esses são itens que entraram de forma irregular no Brasil ou que são proibidos no país.
Entre os produtos apreendidos que enchem o galpão da Receita Federal localizado em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, estão os mais diversos. Entre eles, bebidas alcóolicas, pneus, brinquedos e até azeite de oliva.
"Vem muita bebida alcóolica, algumas drogas ilícitas, o próprio cigarro eletrônico intensificou nesse período, mas também continua vindo aqueles outro produtos mais comercializados, principalmente eletrônicos", disse auditor fiscal do órgão, Antônio Moreira Júnior.
A RECEITA FEDERAL ainda relembrou que duas grandes apreendões de pneus que foram realizadas esse ano. Tais apreensões, segundo o órgão, são fruto de uma operação integrada das forças de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar.
À TV Anhanguera, os órgãos explicaram que a pandemia é uma das principais razões para esse aumento, de modo que as rodovias ficam mais movimentadas. Eles detalham que essas cargas contrabandeadas vêm principalmente de países como o Paraguai, Bolívia, Venezuela e Argentina. Muitas ficam em Goiás e o restante dos produtos é revendido para outras regiões do Brasil.
"Pela sua localização, Goiás é o coração da logística brasileira, então está se tornando o grande centro distribuidor de produtos importados ilegalmente", complementou o auditor fiscal da Receita Federal.
Segundo ele, as operações integradas entre as forças de segurança são primordiais para combater o contrabando. Para isso, os órgãos atuam com um "trabalho de inteligência para coibir e proteger a sociedade, a economia e a indústria nacional, em relação a essa mercadoria que entra provocando uma concorrência desleal com as empresas regulares".
Em Goiás, existem dois galpões da Receita Federal para onde vão os produtos apreendidos. Lá, os itens ficam guardados por cerca de seis meses até receberem a destinação adequada, que pode ser diversa. Segundo a Receita Federal, essa destinação depende da característica da própria mercadoria, podendo ser leilão, doação e outros.
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