O Jornal Opção ouviu, na semana passada, políticos e auxiliares do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, e do vice-governador Daniel Vilela, do MDB, e a todos fez a mesma pergunta: “Qual será o futuro político do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha?”.
Nenhum dos sete entrevistados hesitou. Todos disseram que Mendanha tem futuro na política de Goiás. Por ser articulado e, como político, ser full time. “Na campanha vitoriosa de Leandro Vilela para prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo trabalhou tanto que a gente chegava a pensar que era onipresente. Ele parecia estar em todos os lugares da cidade, em todas as reuniões, ao mesmo tempo. É um político nato”, afirma um aliado do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, do União Brasil. “Não deixa de curioso que Gustavo também trabalhou na campanha de Sandro.”
Um aliado de Ronaldo Caiado é enfático: “Gustavo será candidato a senador, ao lado da primeira-dama Gracinha Caiado. Não custa lembrar que ele milita politicamente nas duas cidades com mais eleitores de Goiás — Goiânia (mais de 1 milhão) e Aparecida (aproximando-se dos 400 mil)”.

Fala-se que Mendanha poderá disputar mandato de deputado federal. Não procede. A mulher do ex-prefeito, Mayara Mendanha, pode, isto sim, disputar mandato para a Câmara dos Deputados.
De acordo com aliados de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, são dois (e não há um terceiro) os projetos de Mendanha para 2026, daqui a um ano e sete meses (“um pulinho”, como se diz no Setor Garavelo).
Primeiro, a disputa por uma vaga no Senado, o que, se eleito, lhe garantiria oito anos de tranquilidade política. Poderá, por exemplo, disputar o governo do Estado em 2030 (se eleito em 2026, Daniel Vilela, tendo assumido o governo em abril de 2026, não poderá ser candidato em 2030).
Mendanha estaria disposto a ser candidato a senador, pelo MDB, ao qual está filiado (o União Brasil quer o seu passe político)? Aliados dizem que sim.
Segundo, a disputa pela vice de Daniel Vilela. Um chapão MDB (Daniel Vilela)-MDB (Mendanha) não dará pé. O vice deve ser do União Brasil e a indicação tende a ser do governador. Como Ronaldo Caiado, líder máximo do UB, tem apreço por Mendanha, com quem conversa com frequência, há a possibilidade de ele disputar a vice pelo União Brasil.
O fato é que, se não disputar mandato de senador ou de vice de Daniel Vilela, Mendanha tende a ser a coordenador-geral das campanhas majoritárias e, claro, da campanha de Mayara Mendanha para deputada federal. (E.F.B.)