Cinco pessoas seguem desaparecidas após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido em 22 de dezembro, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Entre os desaparecidos estão Alessandra do Socorro Ribeiro, 50 anos, Salmon Alves Santos, 65, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de apenas 10 anos, Marçon Gley Ferreira, 42, e Gessimar Ferreira da Costa, 38. Equipes da Marinha intensificaram as buscas ao longo do Rio Tocantins, utilizando sonares e mergulhadores, mas a força das correntezas tem dificultado o trabalho.
O acidente deixou 12 mortos confirmados e lançou 10 veículos no rio, incluindo caminhões carregados com cargas perigosas, como ácido sulfúrico e agrotóxicos. Em comunicado, a Marinha informou que o corpo mais recente foi encontrado dentro de um Voyage branco, submerso no rio, junto a outro corpo já identificado anteriormente. Além disso, há uma vítima localizada em um caminhão que permanece submerso devido à complexidade técnica para sua remoção.
A ponte, construída há mais de 60 anos, foi apontada como inadequada para o atual volume de tráfego e o peso das cargas transportadas. De acordo com o Ministério dos Transportes, a estrutura original não suportava o aumento significativo de veículos pesados, o que pode ter contribuído para o desabamento. A Polícia Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) abriram investigações para apurar as responsabilidades pelo acidente, sendo que o Dnit tem até 120 dias para apresentar um relatório conclusivo.
Enquanto as buscas continuam, o governo federal anunciou a contratação emergencial de um consórcio de empresas para reconstruir a ponte, com orçamento de R$ 171,9 milhões e prazo de conclusão previsto para dezembro de 2025. O consórcio Penedo-Neópolis já deu início aos trabalhos preliminares.