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Os ‘tiozões’ da política e a difícil arte do diálogo com a juventude

Políticos tradicionais precisam se despir de preconceitos e estereótipos e assumir uma postura aberta e humilde se quiserem aprender o idioma de um eleitorado que pode ser decisivo nas eleições

Publicada em 29/07/24 às 16:56h - 9 visualizações

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Os ‘tiozões’ da política e a difícil arte do diálogo com a juventude
 (Foto: Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976)

Conforme dados do perfil do eleitorado de Goiânia referentes a este ano, divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), existe 110,7 mil jovens votantes na capital com idade entre 17 e 24 anos. Quando se inclui o número de eleitores goianienses que têm entre 25 e 34 anos, esse número sobe para quase 320 mil, uma vez que a parcela de votantes nessa faixa etária corresponde a mais de 209 mil. Estamos falando de adolescentes e jovens adultos que, em sua maioria, só votaram pela primeira vez nas eleições da década passada – e alguns que compareceram às urnas pela primeira vez em algum dos pleitos desta década. E é justamente essas faixas etárias que tanto Sandro Mabel, do partido União Brasil, quanto Vanderlan Cardoso, do PSD, ambos pré-candidatos à Prefeitura de Goiânia, lutam – e têm mais dificuldade – para conquistar.

Recentemente ao Jornal Opção, pessoas próximas de Mabel avaliaram que muitos dos jovens na casa dos 20 anos ainda nem votavam quando o empresário se candidatou pela última vez, e mesmo que ele tenha tido um mandato como deputado estadual (na década de 90) e quatro como deputado federal (entre 1995 e 2015), a juventude ainda tem dificuldade em identificá-lo. “E isso aliado ao fato de que hoje a galera não se informa com jornal, mas busca mais informações pelas redes sociais. Mas ele está trabalhando para entrar nesse nicho”, disse uma fonte próxima do pré-candidato apoiado pelo governador.

Já o senador e pré-candidato do PSD, Vanderlan Cardoso, enfrenta a mesma dificuldade, mas em um grau ainda maior. Mesmo tendo disputado uma pleito de destaque não faz muito tempo – Vanderlan concorreu à Prefeitura de Goiânia em 2020 e chegou a ir para o segundo turno, sendo derrotado por Maguito Vilela. Pouco tempo depois, o emedebista faleceu e seu vice, Rogério Cruz, assumiu o Paço Municipal -, o senador tem dificuldade no trato com a juventude, que também parece vê-lo de forma distante e quase inacessível. Para piorar, o pré-candidato não conta nem sequer com a juventude do seu próprio partido, o PSD.

Isso porque, em maio deste ano, Vanderlan, que já estava isolado em termos de aliança partidária, acabou perdendo também o braço jovem de sua legenda, movimento presidido pelo advogado Murillo Marques. O jovem, que é assessor especial de Francisco Jr. na Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego), decidiu acompanhar a decisão do ex-deputado em apoiar Sandro Mabel. “Estou no PSD desde a fundação, temos a ideologia e um compromisso histórico do partido”, disse, na ocasião, ao Jornal Opção.

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É claro que, com a movimentação, Marques entregou seu cargo de dirigente da juventude pessedista. Mas na prática, toda a ala jovem da sigla o acompanhou no apoio ao pré-candidato apoiado pelo governo, que passou a contar com a juventude do PSD, UB e MDB. Se Vanderlan já tinha dificuldades em dialogar com a juventude com a ala jovem de seu partido fazendo o intermédio – coisa que, agora, o movimento faz com Mabel -, sem ela, o senador parece se ver atabalhoado diante de uma faixa etária que tem uma visão da política muito, mas muito distinta da sua.

Em comparação com outros pré-candidatos, ambos os políticos voltam a ficar em desvantagem. Adriana Accorsi sempre caminhou de mãos dadas com a ala jovem de seu Partido dos Trabalhadores, formada por diferente correntes, e parece ter aprendido a frequência sonora irradiada por elas. Fred Rodrigues quase dispensa comentários. Com 40 anos, o ex-deputado incorporou a linguagem das redes sociais – habita natural da juventude – e, fato positivo ou negativo, e usa constantemente no mundo real. Matheus Ribeiro tem 30 anos de idade, o fato fala por si só. Até Rogério Cruz parece ter uma certa desenvoltura com a faixa jovem – talvez pelas técnicas de retórica usas com o grande público (independente da idade) adquiridas na igreja.

Destaca-se: não é que Mabel e Vanderlan não se esforcem para estabelecer essa ligação com os jovens, muito pelo contrário. Ambos sabem da suma importância desse eleitorado para o êxito de seus projetos. Fala-se aqui sobre dois empresários de sucesso de meia idade, que têm visões e opiniões sólidas sobre os mais importantes e variados temas, famílias formadas, que conversam com maestria com outros empresários e políticos justamente por conhecer os anseios e características desses perfis, e que precisam buscar fazer o mesmo com aqueles que estavam nascendo enquanto os dois estavam, provavelmente, sendo reeleitos para algum mandato.

Falar a língua de um pessoa não é aprender as gírias e os jargões que ela usa no dia a dia. Pode-se até entender o significa deste ou daquele meme, aquela nova cantora ou aquele novo seriado: sem conhecer a quem pretende-se chegar, haverá vexame, invariavelmente. A juventude, hoje, apesar de muito criticada pelos mais velhos como indolente, mal informada e até alienada, pelo contrário, é pulsante, está por dentro de quase tudo e tem um poder de mobilização inimaginável. Quem tem o desejo de se aproximar e entender os jovens, precisa saber quem são, o que querem, de onde vieram e para onde vão.

E para que isso aconteça, é preciso que haja a mesma mudança de frequência, a mesma abertura mental, sem preconceitos e nem estereótipos, de quando aprendemos algo simples e novo, como um novo idioma ou até mesmo andar de bicicleta. A juventude está falando: basta ter humildade para saber ouvi-la.





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