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Brasil

Movimento Lixo Zero atrai cada vez mais brasilienses

Iniciativa, que cresce pelo mundo, conscientiza sobre como dar uma destinação adequada aos resíduos que geram. Segundo especialistas, a educação e as inovações tecnológicas contribuem para a mudança de mentalidade

Publicada em 07/07/24 às 12:32h - 8 visualizações

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Movimento Lixo Zero atrai cada vez mais brasilienses
 (Foto: Rádio RIR Brasil Goiânia - Direção: Ronaldo Castro - e Marcio Fernandes 62 99951- 6976)
Ana Paula acredita que a conscientização é a melhor maneira de disseminar a iniciativa - (crédito: Letícia Guedes)

movimento Lixo Zero vem ganhado força na capital federal. A iniciativa busca estimular as pessoas a adotar hábitos sustentáveis, como — em vez de simplesmente descartar — transformar materiais orgânicos (restos de comida ou cascas de frutas, por exemplo) em adubo. E defende a reinserção na cadeia produtiva de recicláveis que fazem parte do cotidiano das pessoas — garrafas plásticas de refrigerante e embalagens de alumínio e papelão, entre outros. O objetivo dessa ação, em suma, é promover o reaproveitamento e reduzir o volume de resíduos encaminhados aos aterros sanitários e lixões. Especialistas que participam da proposta e que falaram ao Correio acrescentaram que tecnologia é uma importante aliada ao propósito que defendem e pode contribuir para que a compreensão da proposta pela sociedade seja rápida e produza bons resultados.

No fim de junho, a capital federal sediou o Congresso Internacional Cidades Lixo Zero. O encontro reuniu profissionais de diversas partes do mundo para compartilhar experiências — disruptivas e bem-sucedidas — em sintonia com as metas do movimento. O vice-presidente do Instituto Lixo Zero e diretor-geral do congresso, Kadmo Côrtes, explicou que a tecnologia e a inovação podem contribuir de diversas formas para os metas definidas pelo grupo internacional em que participa. Mas, ponderou que, antes de se iniciar qualquer projeto nesse sentido, devem ser levadas em contam as características de cada região e de sua comunidade.

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Para o especialista, o DF tem um ambiente receptivo para a ação que pretende revolucionar, tanto no âmbito individual quanto no coletivo. o trato que se dá a produtos e mercadorias consumidas. "Brasília já tem uma rede de supermercados Lixo Zero, que foi certificada, inclusive, pelo Instituto Lixo Zero Brasil. Nós temos (no DF) lanchonete, padarias, escolas e uma quadra Lixo Zero. Cada ambiente desses vai contribuindo para que outros possam imitar o processo", disse. De maneira geral, segundo ele, o país apresenta exemplos eficazes do uso da tecnologia no movimento sustentável. "Em Florianópolis, há no próprio site da Comcap — que é o SLU (Serviço de Limpeza Urbana) de lá, digamos assim — um painel de controle que mostra (ao público em geral) a (quantidade de) geração de resíduos por (cada) bairro (daquela cidade) e qual é o encaminhamento dado", informou.

Disposição

Izabel Zaneti, professora do Centro de Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Brasília (UnB), especialista em resíduos sólidos e educação ambiental, está passando um período em Sidney, na Austrália. Em entrevista ao Correio, contou haver testemunhado experiências positivas que devem e podem ser replicadas pelo Brasil, inclusive no DF.

No jardim da residência onde mora, por exemplo, há sete contêineres instalados para que os resíduos sejam separados corretamente. Ela explicou que o sistema de lixeiras é padronizado e todos os moradores da região onde ela está fazem coleta seletiva (do que descartam). "Aqui (na Austrália), todos fazem coleta e compostagem em casa mesmo", contou. Izabel acrescentou que, nos supermercados do país, há máquinas que trocam resíduos por recompensas. Para ela, ganhar esses presentes incentiva os australianos a passarem a ver a reciclagem como um hábito.

Quanto a experiências como as australianas serem desenvolvidas na capital federal, o ambientalista Heverton Cruz, coordenador do grupo Guardiões do Parque Canela da Ema, lamentou que, no DF, o governo local não se empenhe por despertar entre os candangos uma maior atenção à importância da sustentabilidade. Segundo ele, isso pode ser estimulado com a educação e, por tanto, o tema deveria ser trabalhado em escolas, aprimorando a compreensão das futuras gerações sobre o assunto.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema), afirmou que o DF reúne todas as condições necessárias para se tornar uma região lixo zero. "Os primeiros passos foram a construção do Aterro Sanitário de Brasília, no ano de 2017, e o fechamento do Lixão da Estrutural, interrompendo o recebimento dos resíduos sólidos do DF, em 2018, atendendo com antecedência os prazos da Política Nacional de Resíduos Sólidos", assegurou a pasta em nota enviada ao Correio.

Segundo a Sema, o maior desafio enfrentado, atualmente, é a conscientização da população sobre a importância do reuso, da reciclagem e da separação e destinação correta dos seus resíduos. "A Sema tem trabalhado por meio da educação ambiental, em parceria com seus vinculados — SLU, Adasa, Ibram, Jardim Botânico e Jardim Zoológico —, para despertar o senso de responsabilidade nos brasilienses", acrescentou a mensagem.

Conscientização

O SLU, como o Correio apurou, promove projetos e programas com o objetivo de conscientizar os moradores do DF a se empenharem, ao máximo, pelo aproveitamento e o correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos. O órgão informou que, entre essas ações, estão o Programa Quadra Lixo Zero, na Rua dos Restaurantes, e o Projeto Atitude Lixo Zero. Essas propostas, além de divulgar como o Serviço de Limpeza Urbana dá destino correto aos resíduos que recolhe, pretendem orientar e servir de exemplo que os moradores do DF passem a adotá-las.

Pelo programa Quadra Lixo Zero, especificamente, foram instalados seis papa-lixos na entrequadra comercial 404/405, da Asa Sul. Quatro deles recebem apenas materiais recicláveis e as demais são para acondicionamento de rejeitos. Diariamente, equipes da autarquia coletam os resíduos acondicionados nesses depósitos. Já os orgânicos são coletados por empresas de compostagem contratadas pelos comerciantes da área.

Ana Paula Brant é sócia do Fred Restaurante, localizado há 15 anos na entrequadra. Ela disse que a iniciativa de convertê-la em um espaço sustentável surgiu pouco antes da pandemia. Isso foi consequência da presença de roedores, baratas e mau cheiro, um problema constante na área. Isso fez com que os proprietários de estabelecimentos do local, em parceira com o Instituto Lixo Zero, passassem a seguir o movimento que é liderado por Kadmo Cortês na capital federal.

A empresária ponderou que para participar de um movimento que atua para estabelecer mudanças de mentalidade na forma de lidar com os resíduos que são gerados pela sociedade, o interessado dever ter consciência de que isso exige assumir um compromisso permanente. "No início, a gente (os empresários da entrequadra) teve dificuldades, mas, como temos uma união muito grande na quadra, conseguimos. Um vai orientando o outro. Agora, depois de dois meses, está fluindo legal", comemorou.

Diferenças

A compreensão das pessoas sobre definição e diferenças entre resíduos orgânicos e recicláveis permite que a destinação de cada um dos materiais desses dois grupos seja feita da maneira adequada. O ambientalista Heverton Cruz apontou que, para alguns, no começo, o entendimento pode parecer confuso. As dúvidas, contudo, segundo ele, começam a desaparecer quando se passa a fazer essa separação. O processo, na opinião do especialista é "um exercício de vida". "Quanto mais você faz, mais fácil fica e acaba virando algo intuitivo. O conceito acaba enraizado (no indivíduo) e fica fácil conseguir separar direitinho (resíduos orgânicos e recicláveis)", garantiu.

Os resíduos orgânicos correspondem aos materiais que passam por um processo natural de decomposição, Esse é o caso dos restos de alimentos, que podem ser reaproveitados na produção de adubo, fertilizantes e até biocombustíveis. Para quem quer dar início a sua seleção, ele indica que é mais fácil começar identificando itens de plástico, papel e vidro, e ensina que, praticamente, tudo o que restar e não se encaixar nessa categoria acaba sendo orgânico.

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