A edição especial de fim de ano da revista britânica de economia, The Economist, traz uma retrospectiva dos principais fatos políticos e econômicos de 2023, tem tudo para causar polêmica no Brasil. O motivo é que a publicação, uma das mais respeitadas do mundo, faz duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto mostra um quadro favorável sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a Economist, o Brasil é um dos destaques positivos do ano que termina, já que esteve ao lado dos “países que defenderam a democracia“.
A revista acrescenta que o Brasil, a Polônia e a Grécia se destacam por “retornarem à moderação, após um passeio pelo lado selvagem” da política.
“O Brasil empossou um presidente de centro-esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de quatro anos de populismo mentiroso sob Jair Bolsonaro”, afirmou a revista, sem meia-palavras e sem medo de ser tachada de “comunista” pelos apoiadores do ex-capitão.
Para a Economist, o ex-presidente “espalhou teorias da conspiração divisivas, mimou policiais ávidos por puxar o gatilho, apoiou agricultores que incendiaram a floresta tropical, recusou-se a aceitar a derrota eleitoral e encorajou seus devotos a tentar uma insurreição” no fatídico dia 08 de janeiro.
A revista britânica prossegue, dizendo que, em contraste, “a nova administração rapidamente restaurou a normalidade – e reduziu o ritmo de desmatamento da Amazônia em quase 50%.”
Isso não significa, contudo, que a The Economist veja apenas méritos no terceiro mandato de Lula. A revista afirma que o próprio presidente prejudica “o impressionante histórico do Brasil”, ao insistir em “se aproximar de Vladimir Putin e do déspota da Venezuela Nicolás Maduro“.
com agências