Tudo indica que os mercados imobiliários de Goiânia e Aparecida devem fechar mais um ano com crescimento significativo na venda de imóveis. Um dos motivos é que as duas cidades figuraram entre as 20 melhores para se investir em imóveis no ranking 2022 da consultoria Urban Systems, publicado pelo portal da Revista Exame.

Para definir o ranking da organização foram analisadas cidades com mais de 100 mil habitantes e em seis eixos econômicos: comércio, serviço, indústria, mercado imobiliário, educação e agropecuária. Foram eleitos os 100 melhores municípios brasileiros, entre capital e interior.

Goiânia é a sexta melhor para investir e se destaca entre as capitais com o maior índice de área verde por habitante do País e, mundialmente, só perde para o Canadá. Confiantes neste potencial, as incorporadoras goianas lançaram muitos empreendimentos na região este ano, que registraram uma boa velocidade de vendas, e continuam anunciando mais lançamentos para 2023.

Para o superintendente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo, o preço do metro quadrado em Goiânia ainda é considerado baixo em comparação com outras capitais e grandes cidades do País. “Quem compra, ainda tem uma grande possibilidade de valorização de seu patrimônio”, afirma.

Este índice de valorização superou os 20% em 2022, também puxada pela alta no custo dos materiais de construção, que superou a inflação. Outros atrativos da capital são os bons projetos arquitetônicos, o fato da cidade ser muito arborizada e o grande número de parques com boa localização, que têm contribuído para esta maior valorização. “Quem mora no interior e trabalha com o agro, investe em imóveis de médio e alto padrão em Goiânia”, ressalta Felipe.

O diretor regional da Brasal Incorporações, Thiago Galvão, conta que a empresa tem seis empreendimentos em construção, atualmente, e lançou três este ano, com mais de R$ 500 milhões em valor geral de vendas (VGV), nos setores Marista e Bueno. Para o próximo ano, estão previstos três lançamentos, o primeiro em março e todos em regiões nobres da capital. “Apostamos muito neste mercado de alto padrão, com ótima localização, independentemente da metragem”, destaca Thiago.

Preço médio

Ele lembra que um dos motivos para Goiânia estar entre as melhores cidades para se investir em imóveis foi a valorização do preço médio por metro quadrado nos anos de 2021 e 2022, quando atingiu os R$ 9,1 mil. “Hoje, vendemos empreendimentos entre R$ 8,5 mil e R$ 11 mil o metro, valor que há três anos era de R$ 6 mil. Quem investiu em Goiânia teve a melhor valorização do País nos últimos dois anos”, destaca. Geralmente, entre 80% e 90% das unidades são vendidas até a entrega.

Marcos Túlio Campos, diretor de Incorporação da EBM, conta que a incorporadora lançou seis empreendimentos este ano, num VGV total de R$ 700 milhões. Hoje, a empresa está com 11 canteiros de obras, sendo 9 em Goiânia e 2 em Aparecida. Mas, no próximo ano, este número deve chegar a 15 obras. Um condomínio horizontal de casas foi 100% vendido no lançamento. “Atuamos nacionalmente e estes são mercados que apresentaram uma maior valorização real do metro quadrado, acima da inflação”, destaca.

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Para o diretor da EBM, entre os motivos para o bom desempenho do mercado goiano está o PIB do agronegócio, que tem injetado um bom recurso na economia. Além disso, Goiânia é uma cidade nova em relação a outras no País, que ainda tem muitas boas oportunidades de investimento em terrenos, por exemplo, o que ainda resulta em preços mais competitivos, apesar da valorização. “Este ano, nossas vendas cresceram 150% em relação a 2021, o que deve se repetir em 2023. Quem comprar agora, ainda irá usufruir de uma boa valorização”, prevê o incorporador.

Um complexo de escritórios e estúdios, com perfil muito voltado a investidores, lançado pela empresa no último mês de outubro, foi 100% vendido no lançamento.